Uma mulher de 61 anos foi assassinada anteontem à noite, com um tiro na testa, em uma rua residencial do Butantã (zona oeste de SP). O neto da vítima, que tem apenas quatro anos, testemunhou toda a ação. Para a polícia, o crime pode ter ocorrido durante uma tentativa de roubo do carro dela.
Eunice Terazzi foi baleada após estacionar seu Fiat Idea na frente da casa do namorado, um comerciante de 70 anos. Segundo familiares, ela tinha ido buscar o neto na escola --ela costumava ir à casa do namorado depois. Quando a mulher saiu para abrir a porta de trás do carro para a criança, foi surpreendida por dois homens. Ninguém mais viu a ação, segundo a polícia.
A casa do namorado de Eunice, onde a vítima foi morta
Os suspeitos fugiram a pé após o tiro. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas não conseguiu reanimar a vítima.
A professora Maria Bengatti, 64 anos, moradora de uma casa ao lado, disse ter ouvido Eunice gritar "você está louco?" instantes antes de ouvir um barulho de tiro. Uma sobrinha de Eunice, publicitária de 34 anos, diz que a família acha que os criminosos atiraram em reação ao susto dela.
A rua onde Eunice foi morta era pacata, segundo Maria. Ela diz que dois vigias trabalham lá, mas há intervalo de duas horas entre os turnos. Os ladrões agiram às 19h30, durante esse intervalo.
Aumento de casos
O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte). Crimes dessa natureza foram os que mais cresceram na capital, segundo o governo estadual. A alta foi de 80% entre janeiro e março deste ano em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O delegado Antônio Tadeu, que investiga o caso, requisitou as imagens das câmeras de segurança de um prédio perto do local do crime --provável rota da fuga dos criminosos. A polícia diz que o neto afirmou que um "doido" atirou na avó.
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