O comerciante Armênio Rodrigues Alves, 77 anos, foi morto ontem em sua farmácia, na rua Nascer do Sol, em Cidade Tiradentes (zona leste da capital), com um corte profundo na garganta. Segundo a polícia, ele foi atacado na área de atendimento e arrastado até o banheiro.
O corpo foi visto por uma vizinha que tinha entrado na farmácia para comprar remédio. Segundo o boletim de ocorrência, a testemunha relatou que estranhou ver o balcão vazio por volta das 10h30. Ao entrar no banheiro, encontrou Alves esfaqueado em cima do vaso sanitário.
O filho da vítima, que mantém outro comércio na região, foi avisado e correu para prestar socorro. "Não deu para fazer mais nada. Ele já estava morto. Havia muito sangue no chão. A impressão que deu é que ele foi esfaqueado antes e largado depois no banheiro. Só não entendemos o motivo, aparentemente não houve assalto", disse Edson Rodrigues Alves, 50 anos.
A Polícia Militar foi chamada e também relatou marcas de sangue pelo estabelecimento comercial. Inicialmente, os policiais registraram a ocorrência como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a natureza do crime foi alterada para homicídio qualificado --entre as hipóteses levantadas pela Polícia Civil está a de assassinato premeditado.
Para os vizinhos, a possibilidade de uma morte encomendada é surpreendente e pouco provável. "Ele era superconhecido no bairro. Todo mundo o chamava de tio da farmácia. Só pode ter sido assalto", afirmou a comerciante Raquel Cardoso, 39 anos. Chocada, a família não dá palpites, só acha estranho não haver testemunhas para o assassinato. "Ninguém viu ou disse que não viu", reclamou o filho Edson.
A investigação será comandada pelo 54º DP (Cidade Tiradentes), com ajuda do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Questionada, a Polícia Civil não informou se a vítima tinha passagem. Até a noite de ontem, não havia pistas sobre o autor do crime.
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