terça-feira, 7 de julho de 2009

Delegado investiga colegas por conta própria e prende policiais

Gravações feitas pelo delegado Roberto Fernandes, da Polícia Civil, apontam suposto esquema de corrupção na polícia de Bauru (329 km de SP). O material contém sete DVDs e dois CDs com nove horas de gravações que incriminam policiais, que supostamente exigiriam propina de comerciantes donos de máquinas caça-níqueis.

Para investigar o grupo, o delegado tirou licença-prêmio e falou com os comerciantes em um quarto de hotel da cidade, alugado por ele, durante dois meses de 2007. O material foi enviado ao Ministério Público.

Depois de um ano e meio, 33 pessoas foram presas e outras 52 são acusadas de envolvimento nos crimes. Na lista estão um PM e dez policiais civis. As investigações indicam que o esquema de corrupção saía da sede da Polícia Civil. Segundo o Ministério Público, o então diretor da Polícia Civil na região na época das gravações, o delegado Roberto Annibal, criou grupo de policiais que tinha a função arrecadar dinheiro.

O delegado que fez as gravações soube das denúncias enquanto Annibal era chefe dele. Procurado pelo Agora, ele disse que sofre vingança de colegas e é inocente. Cinco policias foram indiciados, acusados de formação de quadrilha e corrupção.

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