Estudo do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República apontou nesta terça-feira que 33 mil jovens entre 12 e 18 anos devem ser assassinados no Brasil de 2006 até 2012. O alerta foi feito a partir de um estudo que mediu o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) em 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
De acordo com o indicador, também resultado de parceria com a organização não-governamental Observatório das Favelas, a cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, lidera o ranking de homicídios de jovens nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, com 9,3 mortes para cada grupo de mil pessoas entre 12 e 18 anos. Governador Valadares (MG) e Cariacica (ES) aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente, com IHA equivalente a 8,5 e 7,3.
Entre as capitais, estão empatadas na primeira colocação as cidades de Maceió (AL) e Recife (PE), que apresentam o mais elevado IHA. O Índice de Homicídios coloca o Rio de Janeiro (RJ) na terceira posição, com Vitória (ES) no patamar seguinte. A média nacional de adolescentes assassinados no Brasil antes de completarem 19 anos é de 2,03 para cada grupo de mil.
Se políticas de prevenção da violência não forem intensificadas, a Unicef estima que homens adolescentes têm 12 vezes mais chances de morrer assassinados dos que as mulheres da mesma idade. O caso é igualmente grave quando se verifica a chance de adolescentes negros e pardos serem vítima de homicídios.
"Para o conjunto das populações dos 267 municípios observados, o risco de ser assassinado é 2,6 vezes maior para os adolescentes negros em comparação com os brancos", diz o relatório apresentado pelo Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens (PRVL), que registra ainda que os homicídios equivalem hoje a 45% das causas de morte entre os adolescentes.
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