quinta-feira, 9 de julho de 2009

Morte de psicóloga custou R$ 10 mil, diz polícia

A Polícia Civil apresentou ontem quatro acusados de participar do assassinato da psicóloga Renata Novaes Pinto, 44 anos, em novembro, na Vila Madalena (zona oeste de SP). O crime foi encomendado por R$ 10 mil por uma pessoa que, até a noite de ontem, não havia sido capturada. Para a polícia, o valor pago pode ser ainda maior.

Um dos acusados é o ex-sargento da PM Claudemir Macário dos Santos, o Japonês, de 57 anos. Segundo o delegado seccional Jorge Carlos Carrasco, ele atuou na PM por 22 anos e foi expulso há mais de 20, por receptação e danos ao ambiente. É tido como o elo entre o mandante e os outros acusados.

Para a polícia, o crime foi encomendado por uma pessoa ligada ao consultório da vítima. "Pode ser um paciente que não se conformou com algo", afirmou Carrasco, ontem, ainda sem esclarecer o motivo do crime. Ele disse que a polícia está monitorando "uma série de pessoas" em busca do mentor da morte.

A polícia procura uma mulher como possível mandante. Ela seria casada com um paciente e acreditaria que o marido a tenha deixado por conta das orientações da psicóloga. Outra hipótese é que o crime tenha sido encomendado por uma paciente.

Segundo o delegado, o mandante encomendou o crime ao ex-PM. Este procurou o comerciante José Neudes Rodrigues do Prado, o Alemão, 32 anos, e pediu que ele contratasse alguém para executar o "serviço", fechado em R$ 10 mil. A polícia ainda não sabe quanto Japonês recebeu.

Ainda segundo o delegado, Alemão recrutou o desempregado Claudemir Rossi Marques, o Miro, 29 anos, e o açougueiro João Nilton da Silva Moreira, o Uinho, 32. Por R$ 2.000, Miro concordou em guiar a moto. Uinho topou atirar na vítima por R$ 5.000. Alemão levou R$ 3.000.

Durante um mês, o bando teria estudado horários e itinerários da vítima. Eles sabiam que, na data do crime, após deixar os filhos na escola, ela iria para sua casa trocar de carro, por causa do rodízio.

Segundo a polícia, com um Gol branco do ex-PM, Alemão se reuniu com Uinho e Miro em casa, em Guarulhos. Miro levou a moto e dois capacetes. O trio, então, seguiu para a casa da vítima --Miro na moto e os outros dois, de carro.

A polícia disse que, perto da casa de Renata, Uinho foi para a moto. Alemão indicou o carro da vítima, um Fiesta. Quando a psicóloga chegou em casa e abriu a porta do carro, Uinho atirou três vezes na cabeça. Ele e Miro fugiram de moto e Alemão, de carro.

Segundo ele contou à polícia, Japonês também foi ao local, em outro Gol, para ver se o "serviço" fora executado. Dos suspeitos presos, só Alemão não tinha antecedente criminal.

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