sexta-feira, 10 de julho de 2009

PM reage a assalto em bar e acaba assassinado

Um soldado da Polícia Militar de 38 anos foi morto com dois tiros, após reagir a um assalto na região de São Mateus (zona leste de SP), na madrugada de ontem. Ele estava em um bar quando uma quadrilha entrou no local. O PM sacou a arma ao perceber que seria revistado pelos ladrões, mas, na troca de tiros, foi atingido. Ele deixa mulher e uma filha de oito anos.

Moisés Soares dos Santos tinha saído do trabalho e, segundo a família, passou em um bar do bairro para tomar uma cerveja, como fazia eventualmente. Por volta da 1h30, quatro homens invadiram o estabelecimento e anunciaram o assalto. Três estavam armados e um usava uma touca ninja.

O grupo começou a revistar os clientes em busca de objetos de valor e de dinheiro. Quando chegou a vez de Santos, ele sacou a arma e atirou, provavelmente por medo de ser identificado pelos ladrões, segundo a polícia. Um dos assaltantes foi atingido.

Houve troca de tiros, e os quatro criminosos acabaram indo para cima do policial, derrubando-o no chão.

Santos levou um tiro no peito e outro na barriga. As pessoas que estavam no local não souberam dizer qual dos assaltantes efetuou os disparos. A quadrilha fugiu em dois Gols --um prata e um branco-- sem levar nada.

O policial militar foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral de São Mateus, mas morreu em seguida.

Uma hora depois do crime, a polícia abordou dois homens em um Gol branco próximo ao bar. Apesar de não portarem armas, foram levados ao 49º DP (São Mateus). Na delegacia, foram reconhecidos, "sem sombra de dúvidas", pelas testemunhas, de acordo com a polícia. O.J.S., 25 anos, e D.A.S., 18, foram presos em flagrante e indiciados por latrocínio --roubo seguido de morte.

Um terceiro suspeito foi preso no começo da tarde de ontem. D.C.S., 20 anos, foi detido em casa por policiais civis. Segundo a polícia, ele confessou que participou do crime ao chegar à delegacia, mas disse que o grupo era formado apenas por três homens. Foi pedida a prisão temporária dele. A reportagem não teve acesso aos advogados dos três presos.

Foi solicitado exame residuográfico para os suspeitos, com a finalidade de saber se um deles foi o autor dos tiros que mataram o PM. A arma do soldado também foi recolhida e encaminhada para perícia. A polícia ainda procura os outros dois homens que participaram do crime.

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