A Justiça determinou a prisão de um padre de 68 anos acusado de abusar sexualmente de uma menina de quatro anos. Ele está detido desde a noite de anteontem. Os supostos abusos teriam ocorrido dentro do banheiro de uma creche da rede municipal, localizada na zona norte da capital. O suspeito trabalha como diretor da unidade
Após a denúncia, o acusado foi afastado das funções de sacerdote pela Arquidiocese de São Paulo e cumpre prisão temporária de cinco dias.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública do Estado), no dia 30 de junho, a menina disse aos pais que não queria mais ir à escola. Quando a garota foi questionada sobre o motivo de não querer ir à creche, que é conveniada com a Prefeitura de São Paulo, ela teria dito que o padre lhe mostrou o pênis no banheiro, segundo o boletim de ocorrência registrado no DP. Os pais teriam perguntado para a filha se o padre lhe havia feito algo mais.
Ainda segundo a secretaria, a menina disse que ele a levou ao banheiro uma outra vez, tapou sua boca com esparadrapo e lhe mostrou o pênis. E, de acordo com o relato, dessa vez ela teria passado a mão na vagina dela.
Os pais foram com a menina à delegacia no dia seguinte. Ambos contaram à polícia que a criança reclamava de dores na região genital há cerca de três meses. De acordo com o delegado Mario Silveira, que é responsável pelas investigações, o pai gravou o relato da menina em seu celular.
O delegado afirmou ainda que escutou da boca da criança as mesmas histórias que haviam sido gravadas.
Por esse motivo, ele pediu a prisão temporária do padre suspeito, esperando colher mais provas e encontrar outras vítimas. O pedido foi acatado pela Justiça. Segundo a secretaria, porém, não havia aparecido nenhuma outra denúncia de abuso sexual contra o padre até ontem.
O padre nega as acusações, segundo o representante comercial José Roberto Gonzales, 52 anos, que foi visitá-lo ontem na cadeia. O pároco está preso no 77º DP (Santa Cecília), onde recebeu visitas de fiéis e do advogado, que levaram comida e cobertores.
Ainda de acordo com Gonzales, o padre divide a cela no DP com outros quatro detentos. Segundo ele, o pároco está abatido e não consegue dormir. "Ele nem sabe quem é a criança ou quem está fazendo essa denúncia", afirmou o amigo.
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