quinta-feira, 10 de setembro de 2009

2 mil fornecem drogas da Bolívia e Paraguai para o Rio

Após a prisão de dois supostos fornecedores de drogas e armas do Comando Vermelho no Paraguai, no último domingo, a Polícia Civil identificou outros traficantes responsáveis pelo envio de grandes remessas de cocaína para o Rio de Janeiro. Segundo a Delegacia de Combate as Drogas (Dcod), cerca de 2 mil pessoas atuam no fornecimento de drogas oriundas do Paraguai e da Bolívia a facções criminosas.

Segundo a polícia, um deles é um traficante conhecido como Joãozinho de Acari, que seria hoje o maior traficante e fornecedor internacional de armas e drogas da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).

Segundo um investigador da Dcod, "em Acari, os traficantes trabalham com 4 kg de pó por dia. Ele (Joãozinho) traria cerca de 200 kg por mês de cocaína já refinada, que é de melhor qualidade". Ele ainda não foi localizado.

No Comando Vermelho, a polícia informou que o principal fornecedor passou a ser Leomar de Oliveira Barbosa, o Leozinho da Vila Ipiranga, considerado herdeiro de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2002. De acordo com as investigações, outro braço direito de Beira-Mar, Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, também continua atuando como fornecedor, mas está escondido no Complexo do Alemão.

Os investigadores apuraram que, na facção Amigos dos Amigos (ADA), o principal fornecedor continua sendo Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, que estaria escondido na favela da Rocinha, onde o tráfico renderia lucros de R$ 9,6 milhões.

No mês passado, a Polícia Federal (PF) interceptou um carregamento de 460 kg de pasta-base de cocaína em um avião que aterrissou em uma fazenda no município de Caiapônia (GO). De acordo com as investigações, 200 kg da droga foram encomendados por Roupinol. Segundo um agente, o suspeito não teve prejuízo porque "só paga se a droga chegar".

A polícia também procura um suposto traficante conhecido como Careca que forneceria drogas para a ADA nos morros da Pedreira e da Quitanda. Os agentes também têm a informação de que São Paulo deixou de ser rota preferencial de chegada de drogas, que, após saírem do Paraguai, agora são transportadas por Goiás e Minas Gerais.

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