sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quadrilha é presa por policiais disfarçados

Disfarçados de moradores de rua, taxistas e engraxates, policiais prenderam ontem 14 adultos e detiveram sete menores que roubavam motoristas parados nos congestionamentos da ligação Leste-Oeste, na região central de São Paulo. Com os bandidos, foram encontradas armas, drogas, dinheiro e diversos objetos roubados.

A operação policial durou cerca de 40 dias, segundo o diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), o delegado Marco Antonio Pereira Novaes de Paula Santos.

"Foram dez dias de observação e dez dias de planejamento da ação antes de iniciarmos a operação, que durou uns 20 dias", informou ontem o delegado. Segundo ele, cerca de dez policiais utilizaram disfarces para poder conhecer a rotina dos assaltantes e conseguir prendê-los em flagrante.

O alvo preferido da quadrilha, segundo a polícia, eram motoristas mulheres que estavam sozinhas nos veículos. A recomendação da polícia e dos especialistas em segurança é que as carteiras, bolsas, celulares e outros objetos de valor sejam transportados embaixo do banco do veículo para não chamar a atenção dos assaltantes.

Segundo Santos, os criminosos quebravam os vidros dos carros que ficavam presos no trânsito, assaltavam seus ocupantes e, em seguida, trocavam os objetos ou dinheiro roubados por drogas, em um terreno próximo ao local dos crimes --local onde foram feitas as prisões. Ao todo, foram apreendidas 59 pedras de crack, 48 papelotes de cocaína e 32 porções de maconha, além de seis armas de fogo e três armas brancas. Dinheiro e vários objetos roubados também foram recuperados.

Os 14 presos poderão responder por furto, roubo, tráfico de drogas, corrupção de menores e posse de arma de fogo. Dos sete menores de idade, para os quais foram registrados atos infracionais, três eram foragidos da Fundação Casa (ex-Febem).

O diretor do Decap acrescentou que outras pessoas que foram roubadas naquele local e não registraram ocorrência podem procurar o 5º DP (Aclimação) para fazer o reconhecimento dos criminosos, por meio de fotografias. "Muitas pessoas não procuram a polícia porque precisam seguir viagem. Mas é muito importante que elas procurem a polícia e denunciem o caso", afirmou Santos.

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