O guarda-civil municipal de São Caetano do Sul E.D.E., 43 anos, apontado por uma testemunha como autor do disparo que matou a estudante Ana Cristina dos Santos, 17 anos, durante uma perseguição em Heliópolis (zona sul de SP), foi expulso da Polícia Militar por ser flagrado fazendo sexo com uma mulher, com outros cinco soldados, dentro do batalhão.
O caso está registrado na portaria de número 002/60/ PDS/97. Segundo o documento, o flagra foi dado em 6 de abril de 1997, dentro do quartel do 6º Batalhão, em São Caetano.
Segundo a PM, E. era soldado e comandava a equipe que teria abandonado o serviço para praticar sexo com a mulher. Segundo o processo, a mulher foi até o quartel por conta própria. A reportagem não encontrou E. para comentar o caso ontem.
Nove anos depois de ser expulso, ele e os outros dois guardas agora envolvidos no caso de Heliópolis ingressaram na GCM por meio de concurso público. Em nota, a Secretaria Municipal da Segurança de São Caetano informou que o afastamento por infração disciplinar não impediria o soldado de prestar o concurso, em abril de 2002. Ele foi admitido em 2006.
O edital não previa a investigação social, somente atestado de antecedentes criminais. O prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PTB), classificou a morte da estudante como "uma tragédia em que uma inocente pagou por um equívoco".
Auricchio minimizou o fato de os três guarda-civis terem participado de um tiroteio fora da cidade. "Foi uma perseguição a marginais. Fica difícil estabelecer o limite geográfico numa situação dessas." Ele informou que duas sindicâncias foram abertas para investigar a conduta dos guardas.
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